“A ascensão e declínio das civilizações no longo e vasto curso da história podem ser vistos, em grande parte, uma função da integridade e poder de convicção dos cânones mitológicos em que se apoiam: porque não a autoridade, mas a aspiração é a motivadora, criadora e transformadora da civilização. Um cânone mitológico é uma organização de símbolos, de significado inefável, capaz de despertar e concentrar em um foco as energias da aspiração. A mensagem passa de coração para coração por meio do cérebro, e quando o cérebro não é persuadido a mensagem não consegue passar.”

Joseph Campbell (1991), in The Masks of God: Creative Mythology, p. 5

Joseph Campbell

“Toda mitologia cresceu numa certa sociedade, num campo delimitado. Então, quando as mitologias se tornam muitas, entram em colisão e em relação, se amalgamam, e assim surge uma outra mitologia, mais complexa. Mas hoje em dia não há fronteiras. A única mitologia válida, hoje, é a do planeta – e nós não temos essa mitologia. Aquilo que mais se próxima de uma mitologia planetária, pelo que sei, é o budismo, que vê todas as coisas como tendo a natureza do Buda. O único problema é chegar ao reconhecimento disso. Não há nada a fazer. A tarefa é apenas reconhecer e então agir em relação à irmandade de todas as coisas.”

Joseph Campbell (1991), in The Power of Myth, pp. 27-29

Joseph Campbell

“No tocante a este nível imediato da vida e estrutura, os mitos oferecem modelos de vida. Mas os modelos têm que ser adaptados ao tempo que você está vivendo; acontece que o nosso tempo mudou tão depressa que o que era aceitável há cinquenta anos não o é mais. As virtudes do passado são os vícios de hoje. E muito do que se julgava serem os vícios do passado são as necessidades de hoje. A ordem moral tem que se harmonizar com as necessidades morais da vida real no tempo, aqui e agora. Eis aí o que não estamos fazendo.”

Joseph Campbell (1991), in The Power of Myth, p. 19

Joseph Campbell

“The rise and fall of civilizations in the long, broad course of history can be seen to have been largely a function of the integrity and cogency of their supporting canons of myth; for not authority but aspiration is the motivator, builder, and transformer of civilization. Myth is an organization of symbols by which the energies of aspiration are evoked and gathered toward a focus. The message leaps from heart to heart by way of the brain, and where the brain is unpersuaded the message cannot pass.”

Joseph Campbell (1991), in The Masks of God: Creative Mythology, p. 5

Joseph Campbell